Fomos o que fomos porque nada o é,
No entanto, nesta vida, haja o que houver,
Não seremos eu, nem tu, nem outro qualquer!
Seremos apenas imaginação:
- Irmãos das noites, da solidão!
Não sentiremos nada, nem o travo de um
beijo...
Anoiteceremos abismos, poços de desejos!
Amanheceremos lúgubres cortejos...
Pilar da ponte que sustenta dissabores,
Não nos trairemos por outros desamores!
Líquido e certo. Sopesamos muito na balança!
Sopesamos tempos de mudanças
Na certeza de que a alma não descansa!
Entre ter ou não ter. Entre perder ou
ganhar.
Inda há nesta vida alguém que possamos amar?!(P.O.Velásquez)