De amarelas flores sou ilusão… Trago comigo saudades; O muito do nada que deixaste Despontar em mim na solidão… Emirjo - do outono -, entardecer… Sou flor caída no ocaso; Rolo pela terra ao descaso Da vontade desfolhada de jazer… Amarelecidos sonhos de viver… Sou flor do galho alquebrado Que cortaste pra nunca florescer… A solidão, em mim, é bem-querer… É bem querer ser lembrado Como as flores amarelas do ipê…
A Primeira vez que eu a vi Estava palidamente linda E na lividez airosa, assim, Permanecia mais bela ainda! Seus lábio, oh frêmitos desejos, Arrepios de amor, Astenias! Melancólicos lábios, oh beijos Que me foram noites e dias... Em casta paixão eu a observava! No seu olhar todo o amor Que o meu olhar procurava... No rosto, inda um beijo eu senti! E foi-me, tristonha dor, A primeira vez que eu a vi... (P.O.Velásquez)