quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sóror Negra (05/11/07)

Esvoaças pelas noites mais sombrias,
No cimo dos quatros baluartes do forte!
Vais além do que muito mais há via,
Passar nos passos impassíveis da morte!

Do farol que brilhou no cimo da fortaleza,
Só restou o vestígio mortiço de uma luz,
Que nas noites de tempestuosa tristeza
Balanças nos braços, por sob o capuz!

Nos baluartes repica tenebroso, um sino!
Um lamento que às casamatas se expande,
Reverbera no Amazonas em desatino!

Teus gritos!...Bramidos que ouço do além!
Riscam as paredes, flamejantes,
E se perdem na existência que não tens!

(® P. O. Velásquez)

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