segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

As Flores do Ipê (26/09/2005)

As folhas caem e surgem as flores,
Amarelas!...Roxas!...Descarnadas solidão!
Pintam no espaço outras cores,
E formam um tapete sem viço pelo chão!

De matiz cinza violeta e furta-cor,
As flores vão se espalhando sobre o rio!
E em volteios, no hialino vapor,
Elevam-se tão tristes num vórtice vazio!

As tristezas de tantos sonhos que passam,
Assombram-me a vida, como o tempo,
Dos corações as saudades não disfarçam!


Caem as flores!...Rolam dispersas pelo chão!
Deixam-se levar pelo vento,
No outono da minha embalsamada solidão...

(® P.O.Velásquez)

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